Grupos de manifestantes protestaram neste sábado
(16) contra nomeação do pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC) para a
presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Em São Paulo, a manifestação aconteceu na
Avenida Paulista, na região central da capital. Houve protestos também em
Campinas, no Largo da Catedral, e em Piracicaba, em frente ao Terminal
Central de Integração (TCI).
No Rio de Janeiro, manifestantes se concentraram
na praia de Copacabana para protestar. Segundo os organizadores, a passeata
contou com a participação de grupos de religiões africanas e de integrantes do
Femen Brasil, entre outros movimentos sociais.
Em Florianópolis (SC), um grupo de pessoas se reuniu
na Praça XV segurando cartazes com mensagens contra parlamentar. Outra
mobilização aconteceu em Salvador (BA), na praça do Campo Grande, com a
participação da banda afro-brasileira Olodum.
O deputado é alvo de protestos porque, em 2011,
postou mensagens polêmicas em redes sociais sobre africanos e homossexuais. Ele
é alvo de ação penal no Supremo Tribunal Federal por estelionato e de inquérito no qual foi acusado de discriminação por frase supostamente homofóbica.
Outros protestos ao longo da semana:
Integrantes do movimento das Lésbicas, Gays,
Bissexuais e Travestis (LGBT) de Maceió (AL) fizeram um protesto em frente
à Assembleia Legislativa de Alagoas na tarde de sexta-feira (15) contra a
eleição de Feliciano (PSC-SP) à presidência da comissão.
Em Manaus, representantes da sociedade civil e da
classe trabalhadora protestaram na sede da Assembleia Legislativa do
Amazonas na quinta-feira (14).
Em Rio Branco (AC), manifestantes realizaram um
"velório" em frente ao Palácio Rio Branco, no centro da capital.
"Estamos de luto pelos direitos humanos no Brasil", disse Germano
Marino, presidente da Associação dos Homossexuais do Acre.
Feliciano (PSC-SP) cancelou a gravação de seu
programa de televisão semanal, que aconteceria durante um culto evangélico na
próxima segunda-feira (18), em Ribeirão Preto (SP), após ser alvo de protestos
na cidade. A cerimônia religiosa, no entanto, será mantida. Na última
segunda-feira (11), cerca de 300 manifestantes se reuniram em frente
à catedral da Assembleia de Deus Avivamento da Fé, igreja liderada pelo
deputado, em Ribeirão.
Fonte:G1