Casamento gay coletivo de Campinas

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Foi em um salão completamente lotado por padrinhos, convidados e imprensa que 32 noivos iniciaram a troca de alianças do primeiro casamento gay coletivo de Campinas (SP), na tarde desta quinta-feira (21). “É o começo de uma vida nova”, disse a travesti Lohren Beauty minutos após trocar alianças com o companheiro, o jornalista Deco Ribeiro.


A cerimônia teve início com meia hora de atraso e cada casamento leva em média 10 minutos. O primeiro casal a formalizar a união foi a enfermeira Kátia Marins e o transexual Márcio Régis Vascon. Eles se conheceram quando o então guarda municipal fazia patrulhamento no local de trabalho dela. Régis se emocionou durante o rito e foi amparado pela companheira que brincou com a emoção dele.


O segundo casal a casar foi Deco e Lohren, que, após trocarem o tradicional beijo já com as alianças no dedo, festejaram com os seis padrinhos e uma chuva de arroz entre os convidados. “Agora posso dizer que eu tenho uma família. E ninguém mais pode negar esse direito que sempre tive, mas que antes me era negado”, disse Lohren.
“Ansiosa”, diz juíza de paz

A juíza de paz Aline Priego, do 3º Cartório de Registro Civil, se disse feliz, emocionada e muito ansiosa, antes de iniciar as cerimônias. Este é o primeiro casamento gay coletivo conduzido por ela, que disse estar tão ansiosa quanto os casais. “É um momento importante para a Justiça e uma conquista de todos”, disse a magistrada que pedia aplausos ao fim de cada casamento.

A cerimônia

A Prefeitura informou que houve 27 inscrições para a união coletiva no Centro de Referência LGBT, mas 11 casais desistiram de participar ao não quitar a taxa do cartório de R$ 340. Cada casal poderia levar dez convidados para a cerimônia e a organização da festa foi feita pelos noivos, com auxílio do centro de referência e espaço cedido pelo município.

Legislação

A norma que regulamenta o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi publicada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) em dezembro do ano passado. Desde 1º de março, casais gays que quiserem oficializar a união não precisarão recorrer à Justiça. O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o casamento gay em maio de 2011.

Fonte: EPTV



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