O X da questão com Felipe Dias

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Olá, Freedom Boys!


Tô começando agora a segunda edição da coluna O X DA QUESTÃO. Acreditem, recebo as perguntas enviadas por vocês com muita alegria, pois acho engraçadas as dúvidas levantadas. Não digo com isso que acho as questões bobas, nada disso! O motivo da graça é porque tive todas (ou quase todas) essas dúvidas durante essa fase em que a maioria de vocês se encontra. E é justamente por ter passado por essas “neuras” que posso afirmar: nada como o tempo e a experiência para transformar bichos de sete cabeças em mosquitinhos que a gente afugenta com a mão.

Ah, antes de partir para as perguntas, aqui vai um pedido meu: comentem as respostas, dêem as suas opiniões! Porque, senão, fica parecendo que minhas opiniões são soberanas. E não é nada disso! Ninguém é proprietário da verdade. Cada um tem as suas “verdades”, o seu modo de enxergar as coisas da vida. Então, como diria titia Madonna, express yourself!

Vamos às perguntas!

O que fazer se eu quiser namorar um cara e ele quiser meu amigo?
Bom, para piorar só faltou acrescentar à pergunta “e se o cara me pedir para ajudá-lo a ficar com meu amigo”. Situação chata, hein?
Falando sobre mim: sou daqueles que fica se sentindo péssimo se não disser que estou afim de alguém. Detesto me sentir um cagão por isso. Posso segurar a onda por uma semana, duas, um mês... mas chega uma hora que eu abro o jogo mesmo.
Ouvir que ele não está afim é ruim, mas é necessário, acreditem. Melhor levar um tapa na cara do que ficar nutrindo uma falsa esperança. E se ele disser estar afim do meu amigo... então ele que se vire! Se for o caso dele pedir minha ajuda para conquistar meu amigo, que me perdoem os politicamente corretos, mas vá à merda!
Poxa, digo que estou afim do cara, sou rejeitado e ainda tenho que ajudá-lo a conquistar meu amigo para parecer uma pessoa bacana?!
Não, definitivamente eu não sou tão bacana assim! Eles que se entendam!

“Heteros” que procuram gays é o quê? Capricho? Curiosidade? Ou são gays que não querem se assumir?
A meu ver são “heteros” que precisam de ajuda psicológica!
Sim, porque, no meu entendimento, homem que faz sexo com homem pode ser, no máximo, bissexual. Mas hetero? Faça-me o favor!
Curiosidade? Hum, talvez. Mas curiosidade é aquilo: a pessoa experimenta algo que desconhece e descobre se gosta ou não gosta, ponto. Daí a ficar experimentando ocasionalmente e se intitular como curioso é um pouco demais para o meu entendimento. Não acredito em eternos curiosos. Vejo pessoas assim como cagões que não tem peito para se assumirem como gays ou bissexuais.
Já tive minhas experiências com esse tipo de “hetero”. Na boa? A transa pode até ser legal, mas todo o resto é um saco! E a paranóia que geralmente bate depois? O cara faz de tudo e depois fica repetindo que não é gay, que só fez aquilo porque estava bêbado, ou porque estava curioso... a-hã!
Tem algum “hetero” te propondo ajudá-lo em sua curiosidade? Bem, se for para dar uma transada e depois meter o pé, vá, tente, experimente. Mas nada além disso!
E, por favor, não caia na asneira de se apaixonar por uma pessoa que tem medo de assumir para si o que realmente é!

O que é mais fácil: convencer alguém de que você não está errado ou fazê-la pensar que ela está errada?
Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais?
Percebem que essa discussão não leva a lugar algum?
Eu acho que até um tempo atrás eu era mais engajado em tentar ser o detentor da “verdade”. Hoje me considero meio de saco cheio para ficar provando a qualquer custo que tenho razão. Aliás, nem sei se tenho tanta razão assim.
Hoje parto do seguinte princípio: quero ter razão para mim, e não para os outros. Como bem disse o poeta Ferreira Gullar “não quero ter razão, quero ser feliz”.

Por que alguns “heteros” acreditam que transar com outro homem não faz deles gays, mas beijar na boca é o fim do mundo?
Primeiro porque são pessoas que precisam urgentemente de ajuda psicológica, como já expliquei acima.
Segundo porque sexo para eles é brincadeira, esporte, hobby, passatempo ou sabe-se lá o que mais. Já o beijo na boca pode ser demonstração de afeto. E afeto, emoção, sentimento, para eles, é coisa de viado, bicha, mariquinha, boiola, baitola e todo o resto de adjetivos possíveis.
É que nem aquele papo de que “comer bunda de um homem não faz de mim gay”, como se ser gay fosse apenas curtir a posição de passivo. E gay ativo é o quê? Hetero?!
Ou seja, trocando em miúdos, “hetero” que transa com homem, mas não beija na boca porque é “hetero”, na verdade está tampando o sol com a peneira.
E como tem “hetero” assim por aí, não?
Repito: se for para rolar apenas uma transa, vá em frente, experimente e veja se você vai curtir. Mas se for para rolar amor, prefira alguém que beije na boca e, principalmente, não tenha vergonha de dizer sinceramente “eu te amo”. Porque, vamos combinar, sexo é ótimo, mas no fim das contas o que a gente quer mesmo é ouvir um “eu te amo”, né?

Até a próxima!

Por: Felipe Dias

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