Para sempre amigos, Cap.2 - Apaixonados/Por André Luis

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Eu não conseguia mais pensar em nada, aquilo seria um sim, independente da última mensagem que ele me mandou e que eu não li, mas era um sim. O que vinha depois?  Como eu disse, não pensava em mais nada ou quase, a única coisa que eu pensava era Nossa como ele beija bem!
 Ethan olhava para a gente, mas logo ele percebeu que ficaria ali sem a devida atenção, ele deixou o quarto e foi para onde estava a também suposta sua mãe. Eu fiquei lá em cima, Henrique colocou suas mãos na minha cintura, eu simplesmente me sentia, seguro, sabe. Não pensei se poderia ser uma cilada ou uma gozação, eu apenas curti o momento.
 Logo paramos de nos beijar, ele olhou para mim, era incrível a maneira em que seus olhos brilhavam, era como se fosse uma estrela minúscula lá dentro, ele sorriu em seguida, eu olhei para fixamente para ele, senti suas mãos deslizando em meu rosto ele sussurrou algo.
 – Eu esperava isso a muito tempo.
 Seria uma lógica se eu dissesse eu também, com certeza ele esperava aquilo.
 – Eu tive medo de que esse momento nunca fosse acontecer. Eu sorri
 Parecia que nada do que a gente dizia você realmente importante, o momento fala mais alto. Ele começou a afagar meus cabelo, era inacreditável. Eu simplesmente não conseguia descolar minhas mãos de sua cintura, e nem desviar meu olhar, ele era tudo o que eu queria ver.
 – V-você vai contar para todo mundo? Ele perguntou com um ar meio triste
 – Ainda não sei. O que você acha?
 – O que você achar melhor, eu só quero ficar com você!
 – Você desconfiava de que eu era?
 – Não. Ele ficou cabisbaixo
 Eu consegui finalmente desgrudar uma de minhas mão da cintura dele, e levei até o seu lábio, eu ergui levemente a cabeça dele novamente e disse.
 – Não importa mais. Eu dei um selinho demorado nele. Se não se importa, eu vou ver como esta o Ethan.
 – Espera, o que vai acontecer? Onde você vai ficar?
 – Sinceramente? Não sei. Mas vou dar um jeito.
 – Você pode passar uns dias lá em casa, eu falo com meus pais.
 – Obrigado. Aquele dia estava melhorando.
 Eu quis naquele momento apertar suas mãos e descer de mãos dada, mas o momento não era realmente agradável, ele soltou um sorriso e novamente repito, eu sei por que me apaixonei por ele. Eu deixei o quarto e logo desci as escada, ele veio logo atrás. As coisas do Ethan como brinquedos estavam jogadas no chão, eu vi a viatura da policia do lado de fora, olhei para Henrique, um olhar que dizia muito e disse baixinho Meu herói! Ele não tinha palavras. Abri a porta e fui para fora, meu pai ainda conversava com o delegado, minha mãe estava junto, Ethan a encarava, eu via uma foto da minha mãe, o idiota do meu pai dizia que aquela foto era do mesmo ano em que eu nasci, um mês depois ele lembrava, eu podia dizer que ela era mais linda do que na foto.
 Henrique ficou do lado de dentro, não sei o que atraiu ele, já que a bagunça que meu pai fez era enorme, mas sim, algo o chamou a atenção... ele viu uma foto, que a gente havia tirado um mês quando formo aos Playcenter, tínhamos uns 15 ou 16 anos, não fazia muito tempo, a foto era do modelo 3x4, ele fechou os olhos... lembrou daquele momento, daquele dia, quem diria. Ele pegou a foto, ele disse a si mesmo Eu estou apaixonado. E colocou a foto no bolso. Pela janela ele podia ver o cenário lá fora, ele simplesmente me olhava, não sei se ele tinha algo a dizer ou se realmente tinha certeza do que disse, de que estava mesmo apaixonado; Henrique era daqueles que não ficava com ninguém por muito tempo e que achava uma bobagem alguém dizer Eu estou apaixonado. De certa forma, ele aceitou a ideia de que era um idiota. Ele queria ser um.

 Naquela mesma noite, eu fui para a casa de Henrique, os pais dele aceitou numa boa eu passar uns dias ali, claro que não iria me acomodar e eles nem sabia que eu e o filho deles estavam, sabe. Ethan foi para a casa da minha mãe, seria um momento difícil para ele, mas ele quis tentar. Assim que me deitei, Henrique foi para o banho, eu queria ir junto, mas parecia cedo e injusto, eu me deitei na cama que estava do lado da dele, com alguns metros de distância é claro, eu apenas imaginei, pensei, me perguntei... Aonde isso vai dar? 

C  O  N  T  I  N  U  A .  .  .


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