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Fui ontem, dia 11 de janeiro de
2013 assistir ao "Rock In Rio - o musical", cheio de expectativas,
primeiro porque sou fã incondicional da idéia do festival, pois acompanhei as
quatro primeiras edições no Brasil, assim como no mundo e segundo porque sou fã
de várias bandas, conjuntos, cantores que seriam representados ali na música e
história.
História?
Não achei o enredo da história bom ou mesmo relevante para a grandiosidade das
músicas e dos talentos de alguns atores que foram desperdiçados no espetáculo
por ser chato, entediante e cansativo. A
começar pelo excelente ator Hugo Bonemer, que faz o Alef, personagem principal
que faz par com Sofia, interpretada pela Yasmin Gomlevsky. Fiquei na dúvida se
a Sofia era chata ou se a Yasmin deu esse tom a personagem mesmo e passou a me
enjoar toda vez que ela cantava. Hugo, ao contrário da parceira de cena, tem a
voz doce, aveludada e interpreta com maestria o seu papel, mas falta história
no musical.
"Forçação
de barra" em alguns dramas para que se encaixassem as músicas. Cansa o
expectador já no primeiro ato, mesmo com as excelentes interpretações de
Lucinha Lins, Ícaro Silva e Kaike Luna. Alívio quando os dois últimos apareciam
em cena. O
cenário é lindo, a produção excelente, mas o enredo parece mal costurado e
confuso, misturando as quatro edições do festival, como se tudo fosse em uma
mesma época, onde Nina Hagen, Shakira, Cazuza, Cássia Eller, Freddie Mercury,
Britney, Katy Perry estivessem num mesmo tempo. Confuso, não? Demais.
Alguns
pontos altos foram a abertura do espetáculo, assim como o medley de abertura do
segundo ato, mas não teria como errar nas músicas, clássicos consagrados de
artistas irretocáveis. Vale pela música e pela produção, podendo o expectador
dormir durante os diálogos. E por favor, ter diálogo que não acrescente em nada
e não seja relevante no meio da música não deveria existir no espetáculo, mas
existe no musical.