Estreia polêmica em uma noite de terça-feira, início de janeiro e na Rede Globo, a gente pode jurar que é nova edição do “Big Brother Brasil”. Só que a novidade que vem incomodando religiosos e conservadores é a microssérie “O Canto da Sereia”, protagonizada atriz Ísis Valverde, e que estreia hoje, às 23h17.
Gravada 70% em Salvador, em pontos públicos e turísticos como Escadaria Santa Barbara, Farol da Barra e lugares próximos ao Pelourinho, o enredo mergulha na cultura da Bahia de Todos os Santos. O que, obviamente, incomodou os religiosos. O pastor evangélico Divino Aleixo Marinho chegou a fazer campanha nas redes sociais contra o programa alegando que existem referências ao candomblé.
Gloria Perez, escritora de “Salve Jorge” (Rede Globo) e supervisora do texto de “O Canto da Sereia”, usou o Twitter para defender a microssérie. “Fizeram a mesma coisa com #SalveJorge ! Que medo desse modo talibā de ser!”. O autor Walcyr Carrasco também usou o microblog para defender um programa que ainda estreou (?). “Vamos lutar por liberade de criação. Digam não à campanha contra o #CantodaSereia”, disse.
O certo é que as balelas envolvendo o seriado só prometem aumentar capítulo a capítulo. Morta durante o Carnaval cantando em um trio elétrico, Sereia, a personagem Ísis Valverde, é “livre sexualmente” e vive um romance com Mara, interpretada pela atriz Camila Morgado. As duas protagonizam diversas cenas de carinho e até beijo.
Ao que tudo indica, a cena do carinho lésbico foi “censurada” com um jogo de fotografia. Segundo o jornal Extra, as atrizes gravaram o beijo, mas um figurante deve passar em frente a câmera exatamente na hora que os lábios das duas se tocam.
Além do casal lésbico, o enredo tem a cantora Margareth Menezes vivendo uma delegada durona e homossexual e o ator João Miguel na pele do afeminado Só Love, presidente do fã-clube da cantora de axé e amigos pra toda hora.
As polêmicas já estão rodando e só devem aumentar. O que nos resta é atentar ao que realmente importa: enredo, fotografia, trilha sonora…
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