Falando de... Com Felipe Dias

By | 17:15:00

Olá, Freedom Boys!

Tô começando agora essa seção que tem por objetivo dar a minha opinião (que não significa ser a “verdade verdadeira”) para as questões que vocês levantam através do grupo. Vale qualquer coisa, desde assuntos relacionados ao universo LGBT até partida de futebol (mentira, de futebol eu não entendo nada... só sei que o Cristiano Ronaldo é um gato!).

E qualquer um tem o direito de discordar de mim. Afinal, vivemos uma democracia (será?). Concordando ou discordando, o importante é dialogarmos, pois, conversando a gente se entende, né?

Então, sem mais delongas, vamos para as primeiras perguntas recebidas através do grupo.

Qual a explicação para a derrota de vários candidatos gays nas eleições? Alienação da comunidade GLS?

Hum... não tenho a explicação para isso. Tenho, no máximo, algumas considerações que são:

O grupo LGBT como um todo é muito dividido. É o grupo dos gays, das lésbicas, das trans... Vejo que em alguns casos, ao invés de união, o que há é a fragmentação. Enquanto esses subgrupos não perceberem que estamos todos no mesmo barco a coisa ficará assim, enfraquecida.

Outra coisa, o candidato apenas dizer que defende a causa LGBT não significa nada. Há de se ver que tipo de envolvimento essa pessoa tem com a causa, o que ela fez de produtivo até então. Porque se a pessoa até então não tem o menor envolvimento, não será depois de eleita que ela fará algo pela causa. Acredito que a política deva ser uma consequência natural de um trabalho que a pessoa já venha desenvolvendo.

O internauta fala de alienação. Claro que há alienação. Mas isso não é exclusividade da turma LGBT. É uma característica da sociedade como um todo. Tomo por exemplo as últimas eleições: uma porrada de gente dizendo no Facebook que votaria em fulano, que isso, que aquilo, blá, blá, blá. Terminado o período eleitoral, pergunto: cadê esse povo que parecia ser tão politizado? Cadê esse povo falando de política? Será que esse povo só falou de política durante o período eleitoral para parecer politizado? Porque política acontece todos os dias, e não apenas durante o período eleitoral.

Vai começar agora em janeiro o Big Brother Brasil. Vamos ver se mais uma vez esse assunto terá mais importância nas redes sociais do que os assuntos políticos?

Existe uma maneira correta de chegar para minha família evangélica e assumir que sou gay?

Independente de religião, não há fórmula para se assumir para a família. Tem gente que se assume ainda adolescente, outros se assumem depois de adultos e ainda há aqueles que preferem “o armário”.

Qual o certo? Não sei. Acho que cada um sabe onde o calo aperta. Mas sou daqueles que acha que a família, ou pelo menos a mãe, sempre sabe, mesmo que o filho não se assuma. E tem muita gente que segue a vida assim, na quase certeza. Se a sua vida está boa assim, ótimo, continue.

O que eu não concordo é com “forçação de barra”. Sabe aquela coisa de ter que se assumir porque fulano diz que tem que ser assim? Cada indivíduo tem a sua história, o seu tempo...

O que eu acho complicado é quando, por exemplo, o cara namora, noiva, casa, tem filhos, constrói uma vida baseada numa falsa heterossexualidade e, às escondidas, mantém uma vida gay. Não digo que isso é errado porque não me sinto capaz de julgar o certo e o errado. Mas acho complicado porque há outras vidas em jogo, pode rolar decepções e traumas profundos. Sem falar que a vida da pessoa é um tormento só, sempre há o fantasma do “e se um dia descobrirem a verdade?”. Será que vale a pena viver assim só para agradar as pessoas? Como disse Caetano Veloso em Dom de Iludir, “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

O que posso dizer é: conheça outras histórias de vida, leia mais livros, veja mais filmes, converse com pessoas. Há muitos bons livros e filmes que retratam essa situação. De repente, tomando conhecimento dessas histórias, a pessoa pode ter uma boa inspiração que o ajude a levar a vida. Fica a dica: o filme Orações Para Bob (ou algo assim). Basta catar no Google que o internauta descobrirá o nome certo do filme. Ele é bem adequado para essa pergunta.

Do que os homens gostam?

Acho que depende do homem em questão. Não acredito em generalizações. Usando exemplos bem bobos só para ilustrar: há homens que gostam do Flamengo, e outros do Vasco; há homens que preferem as louras, e outros as morenas; há homens que só pensam com o pau, e outros com o coração; há homens que curtem o sexo ativo,e outros o passivo, e por aí vai.

O importante é conhecer o seu homem para saber do que ele gosta. Eu, por exemplo, detesto chocolate branco (risos).

Como arrumar um namorado fiel e menos ciumento?

Se amando mais!

Seu namorado não é fiel? Ora bolas, termine o namoro! Agora, se ele costuma te trair e você sempre o perdoa, tá sofrendo porque quer. Vai ver você é daqueles que acredita que só há um rapaz interessante no mundo. Acorda, Alice! Tire a venda dos olhos!

Quanto ao ciúme, penso assim: até certo ponto é bonitinho, faz até bem pro ego. Mas, quando passa da conta é um porre. Namorados que te isolam do mundo para ter sua exclusividade são um perigo. Até porque, a meu ver, isso não é amor, e sim obsessão.

Quer uma dica para identificar o ciúme perigoso? Perceba se o seu namorado te isola dos amigos, principalmente daqueles que ele sabe que são sinceros com você. Todo ciumento “do mal” tenta te afastar daqueles que tentam te abrir os olhos. Mas a decisão sempre é sua. Pense nisso!

Beleza é importante?

Claro que sim! E quem disser que não está mentindo!

Agora, o que é a beleza? Existe uma beleza ideal?

Beleza é algo muito relativo. Eu, por exemplo, tenho certa admiração por um tipo de cara que muitos acham uó. Mas, para mim, é beleza. E aí, qual o certo? Não há!

Então, acredito que beleza seja fundamental, sim. E cada um sabe qual é o seu padrão de belo. Como diz o ditado, “gosto é que nem bunda, cada um tem a sua”.

Para terminar: já percebeu que tem muito jaburu que fica selecionando as pessoas pela beleza como se fossem verdadeiros modelos? Eu, hein!

Até a próxima!

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