Olá, Freedom Boys!
Tô começando agora essa seção que
tem por objetivo dar a minha opinião (que não significa ser a “verdade
verdadeira”) para as questões que vocês levantam através do grupo. Vale
qualquer coisa, desde assuntos relacionados ao universo LGBT até partida de
futebol (mentira, de futebol eu não entendo nada... só sei que o Cristiano
Ronaldo é um gato!).
E qualquer um tem o direito de
discordar de mim. Afinal, vivemos uma democracia (será?). Concordando ou
discordando, o importante é dialogarmos, pois, conversando a gente se entende,
né?
Então, sem mais delongas, vamos
para as primeiras perguntas recebidas através do grupo.
Qual a explicação para a
derrota de vários candidatos gays nas eleições? Alienação da comunidade GLS?
Hum... não tenho a explicação
para isso. Tenho, no máximo, algumas considerações que são:
O grupo LGBT como um todo é muito
dividido. É o grupo dos gays, das lésbicas, das trans... Vejo que em alguns
casos, ao invés de união, o que há é a fragmentação. Enquanto esses subgrupos
não perceberem que estamos todos no mesmo barco a coisa ficará assim,
enfraquecida.
Outra coisa, o candidato apenas dizer
que defende a causa LGBT não significa nada. Há de se ver que tipo de
envolvimento essa pessoa tem com a causa, o que ela fez de produtivo até então.
Porque se a pessoa até então não tem o menor envolvimento, não será depois de
eleita que ela fará algo pela causa. Acredito que a política deva ser uma consequência
natural de um trabalho que a pessoa já venha desenvolvendo.
O internauta fala de alienação. Claro
que há alienação. Mas isso não é exclusividade da turma LGBT. É uma
característica da sociedade como um todo. Tomo por exemplo as últimas eleições:
uma porrada de gente dizendo no Facebook que votaria em fulano, que isso, que aquilo,
blá, blá, blá. Terminado o período eleitoral, pergunto: cadê esse povo que
parecia ser tão politizado? Cadê esse povo falando de política? Será que esse
povo só falou de política durante o período eleitoral para parecer politizado?
Porque política acontece todos os dias, e não apenas durante o período
eleitoral.
Vai começar agora em janeiro o
Big Brother Brasil. Vamos ver se mais uma vez esse assunto terá mais
importância nas redes sociais do que os assuntos políticos?
Existe uma maneira correta de
chegar para minha família evangélica e assumir que sou gay?
Independente de religião, não há
fórmula para se assumir para a família. Tem gente que se assume ainda
adolescente, outros se assumem depois de adultos e ainda há aqueles que
preferem “o armário”.
Qual o certo? Não sei. Acho que
cada um sabe onde o calo aperta. Mas sou daqueles que acha que a família, ou
pelo menos a mãe, sempre sabe, mesmo que o filho não se assuma. E tem muita
gente que segue a vida assim, na quase certeza. Se a sua vida está boa assim,
ótimo, continue.
O que eu não concordo é com
“forçação de barra”. Sabe aquela coisa de ter que se assumir porque fulano diz
que tem que ser assim? Cada indivíduo tem a sua história, o seu tempo...
O que eu acho complicado é
quando, por exemplo, o cara namora, noiva, casa, tem filhos, constrói uma vida
baseada numa falsa heterossexualidade e, às escondidas, mantém uma vida gay.
Não digo que isso é errado porque não me sinto capaz de julgar o certo e o
errado. Mas acho complicado porque há outras vidas em jogo, pode rolar
decepções e traumas profundos. Sem falar que a vida da pessoa é um tormento só,
sempre há o fantasma do “e se um dia descobrirem a verdade?”. Será que vale a
pena viver assim só para agradar as pessoas? Como disse Caetano Veloso em Dom
de Iludir, “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.
O que posso dizer é: conheça
outras histórias de vida, leia mais livros, veja mais filmes, converse com
pessoas. Há muitos bons livros e filmes que retratam essa situação. De repente,
tomando conhecimento dessas histórias, a pessoa pode ter uma boa inspiração que
o ajude a levar a vida. Fica a dica: o filme Orações Para Bob (ou algo assim).
Basta catar no Google que o internauta descobrirá o nome certo do filme. Ele é
bem adequado para essa pergunta.
Do que os homens gostam?
Acho que depende do homem em
questão. Não acredito em generalizações. Usando exemplos bem bobos só para
ilustrar: há homens que gostam do Flamengo, e outros do Vasco; há homens que
preferem as louras, e outros as morenas; há homens que só pensam com o pau, e
outros com o coração; há homens que curtem o sexo ativo,e outros o passivo, e
por aí vai.
O importante é conhecer o seu
homem para saber do que ele gosta. Eu, por exemplo, detesto chocolate branco
(risos).
Como arrumar um namorado fiel
e menos ciumento?
Se amando mais!
Seu namorado não é fiel? Ora
bolas, termine o namoro! Agora, se ele costuma te trair e você sempre o perdoa,
tá sofrendo porque quer. Vai ver você é daqueles que acredita que só há um
rapaz interessante no mundo. Acorda, Alice! Tire a venda dos olhos!
Quanto ao ciúme, penso assim: até
certo ponto é bonitinho, faz até bem pro ego. Mas, quando passa da conta é um
porre. Namorados que te isolam do mundo para ter sua exclusividade são um
perigo. Até porque, a meu ver, isso não é amor, e sim obsessão.
Quer uma dica para identificar o
ciúme perigoso? Perceba se o seu namorado te isola dos amigos, principalmente
daqueles que ele sabe que são sinceros com você. Todo ciumento “do mal” tenta
te afastar daqueles que tentam te abrir os olhos. Mas a decisão sempre é sua.
Pense nisso!
Beleza é importante?
Claro que sim! E quem disser que
não está mentindo!
Agora, o que é a beleza? Existe
uma beleza ideal?
Beleza é algo muito relativo. Eu,
por exemplo, tenho certa admiração por um tipo de cara que muitos acham uó.
Mas, para mim, é beleza. E aí, qual o certo? Não há!
Então, acredito que beleza seja fundamental,
sim. E cada um sabe qual é o seu padrão de belo. Como diz o ditado, “gosto é
que nem bunda, cada um tem a sua”.
Para terminar: já percebeu que
tem muito jaburu que fica selecionando as pessoas pela beleza como se fossem
verdadeiros modelos? Eu, hein!
Até a próxima!
Por: Felipe Dias