Foi realizada nessa última terça (27) a audiência sobre o Projeto de Decreto Legislativo do deputado João Campos (PSDB - GO), que visa tornar legal o tratamento da homossexualidade, considerando-a, dessa forma, uma doença.
Estavam presentes o pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo; o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT), Toni Reis; o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Cota Verona; e a psicóloga Marisa Lobo Alves.
O primeiro a falar foi Humberto Verona, que já pôs fim na ideia do projeto de "cura gay". Segundo ele, a discussão sobre o tema é baseada "na perspectiva de alguns que guardam seu preconceito em uma gaveta de cristal". O presidente do CFP pediu o arquivamento do projeto proposto pelo deputado Campos, afirmando que o conselho por ele presidido "tem poder supremo único" para definir o limite de competência do exercício profissional.
"Para que servem então os conselhos e o que fazer das leis que os criaram e definiram suas funções?", questionou Humberto Verona. A afirmação foi utilizada por Verona para combater o principal argumento de João Campos, de que a resolução do conselho extrapola a competência da instituição e restringe a atividade profissional dos psicólogos.
Em seguida foi a vez de Marisa Lobo, uma defensora do projeto. A psicóloga disse que sua luta não é para promover preconceitos e sim promover direitos humanos. Marisa disse que também é direito do cidadão não desejar pessoas do mesmo sexo e procurar tratamento para isso.
A psicóloga prosseguiu afirmando que existem ex-homossexuais porque, nesses casos, "na verdade, o indivíduo não era gay", mas manifestava o comportamento homossexual como forma de defesa contra traumas decorrentes de abusos e outras situações vividas pelos pacientes.
Toni Reis falou após a psicóloga e reiterou o discurso de Humberto Verona, pedindo o arquivamento do processo. O presidente da ABGLT citou a morte do jornalista Lucas Fortuna, que foi assassinado por motivações homofóbicas. O pai do jovem também esteve presente na audiência. Citando uma série de resoluções ao redor do mundo contra as, chamadas por ele, "terapias de reversão", ele afirmou que se a homoafetividade for doença "todos têm de ter aposentadoria compulsória". Reis relacionou ainda as terapias com homossexuais ao regime nazista.
E para rebater Toni Reis, Silas Malafaia encerrou o debate. De acordo com Malafaia "todo paciente adulto com saúde mental tem direito de decidir sobre seu próprio corpo". Ele acusou o Conselho Federal de Psicologia de praticar "ativismo gay". Defendendo que o paciente é que tem do direito de definir se quer ou não ser tratado e que o CFP vai contra esse princípio, Malafaia afirmou que a resolução do conselho deveria ser "jogada no lixo".
O deputado Jean Wyllys também se manifestou. O parlamentar deu início ao seu discurso e revelou sua curiosidade ao ver o plenário cheio, sendo que, segundo ele, o mesmo não ocorre quando os deputados vão debater temas importantes como a prostituição infantil e o trabalho escravo. Wyllys ligou a proposta a movimentos religiosos e afirmou que por esse motivo não poderia haver discussão sobre o tema.
A seguir você confere o vídeo do debate entre Jean Wyllys e Malafaia.
Estavam presentes o pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo; o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT), Toni Reis; o presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP), Humberto Cota Verona; e a psicóloga Marisa Lobo Alves.
O primeiro a falar foi Humberto Verona, que já pôs fim na ideia do projeto de "cura gay". Segundo ele, a discussão sobre o tema é baseada "na perspectiva de alguns que guardam seu preconceito em uma gaveta de cristal". O presidente do CFP pediu o arquivamento do projeto proposto pelo deputado Campos, afirmando que o conselho por ele presidido "tem poder supremo único" para definir o limite de competência do exercício profissional.
"Para que servem então os conselhos e o que fazer das leis que os criaram e definiram suas funções?", questionou Humberto Verona. A afirmação foi utilizada por Verona para combater o principal argumento de João Campos, de que a resolução do conselho extrapola a competência da instituição e restringe a atividade profissional dos psicólogos.
Em seguida foi a vez de Marisa Lobo, uma defensora do projeto. A psicóloga disse que sua luta não é para promover preconceitos e sim promover direitos humanos. Marisa disse que também é direito do cidadão não desejar pessoas do mesmo sexo e procurar tratamento para isso.
A psicóloga prosseguiu afirmando que existem ex-homossexuais porque, nesses casos, "na verdade, o indivíduo não era gay", mas manifestava o comportamento homossexual como forma de defesa contra traumas decorrentes de abusos e outras situações vividas pelos pacientes.
Toni Reis falou após a psicóloga e reiterou o discurso de Humberto Verona, pedindo o arquivamento do processo. O presidente da ABGLT citou a morte do jornalista Lucas Fortuna, que foi assassinado por motivações homofóbicas. O pai do jovem também esteve presente na audiência. Citando uma série de resoluções ao redor do mundo contra as, chamadas por ele, "terapias de reversão", ele afirmou que se a homoafetividade for doença "todos têm de ter aposentadoria compulsória". Reis relacionou ainda as terapias com homossexuais ao regime nazista.
E para rebater Toni Reis, Silas Malafaia encerrou o debate. De acordo com Malafaia "todo paciente adulto com saúde mental tem direito de decidir sobre seu próprio corpo". Ele acusou o Conselho Federal de Psicologia de praticar "ativismo gay". Defendendo que o paciente é que tem do direito de definir se quer ou não ser tratado e que o CFP vai contra esse princípio, Malafaia afirmou que a resolução do conselho deveria ser "jogada no lixo".
O deputado Jean Wyllys também se manifestou. O parlamentar deu início ao seu discurso e revelou sua curiosidade ao ver o plenário cheio, sendo que, segundo ele, o mesmo não ocorre quando os deputados vão debater temas importantes como a prostituição infantil e o trabalho escravo. Wyllys ligou a proposta a movimentos religiosos e afirmou que por esse motivo não poderia haver discussão sobre o tema.
A seguir você confere o vídeo do debate entre Jean Wyllys e Malafaia.
Fonte: ACapa