Agradecimento
Ao anjo da minha vida, Vitor
Augusto e ao
homem que me ensinou a amar.
Prólogo
O amor é algo que
realmente muda as pessoas! Muitas pessoas tem experiências com o amor. Eu tenho
uma! Não posso dizer que é uma experiência ruim, por que não é ruim. Posso
dizer que é a experiência que jamais pensei em vive-la ou em experimenta-la. Eu
realmente gostei daquela experiência, e não queria deixa-la de lado. Sempre me
contaram história assim, de amor e sempre vi filmes assim... Achei estranho,
por que meu estilo de amor, era muito diferente. Não raro, não impossível, não
respeitado, não assumido!
Certa vezes me disseram:
Não desanime no meio da estrada, siga
em frente, por que os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos a medida em
que vai seguindo!
E pensei nisso, seria
uma longa jornada, uma estrada longa. Há paisagens ao longo dessa viagem, a
buracos nas estradas, mas sempre há felicidade em quaisquer viagem, em
quaisquer jornada.
Eu não desanimei!
Capitulo
Um
Existe algo que eu
realmente preciso dizer... Algo que me sufoca a muito tempo, que tira minha
insônia toda noite ou algumas delas. Aposto que muitas pessoas passam por isso,
afinal, eu sei, o mundo sabe, tudo prova que eu não sou o único. Mas, por que é
tão difícil? Por que parece algo parecido com um sacrifício? Seja qual for a resposta...
ela não será suficiente ou não vira facilmente! Acredito que, cada um tem suas
perguntas, e cada um responde a mesma, de modos diferentes mas, parecida até.
De qualquer forma, sei lá. Ah, onde esta minha educação? Perdão, meu nome é
Marcos Pellegrine, não sei se já ouviu falar de mim, mas tenho 18 anos, dizem
que sou simpático, mas dizem que as pessoas mentem, não sei em que acreditar...
Da ultima vez que acreditei com toda fé, foi uma situação inesquecível, sabe.
Nunca contei para
ninguém, e levo a sério aquele termo de que Todo
mundo tem segredos e isso vivia na minha mente, eu estudo na escola Olavo Fontoura,
no Jd. Maristela, talvez conheça ou também não sei... afinal, deu a sensação de
que não sei de nada, não ultimamente.
Minha mãe não mora
comigo, ela abandonou a mim e ao meu irmão mais novo, Ethan a uns, sei lá, 18
anos? É claro, Ethan fazia pouco tempo que ela havia o deixado, ela Nosso pai
que nos cria, quer dizer, nós cuidamos um do outro, meu pai vive em um bar na
Avenida, jogando xadrez e apostando... um azarado de carteirinha. Ás vezes faço
um bico ali outro aqui... Mas é as vezes.
Falta pouco para
acabar a aula, não vejo a hora de chegar em casa e ir ao campo bater uma
bolinha, Henrique deve ter saído de aula vaga, aliás, ele sempre sai;
possivelmente deve ter quebrado a cara, pois estava jogando charme para um
garota da escola, a dificílima Sofia, filhinha de papai... não passa de uma
vaca comportada. E usando decote.
– Oh cara do 3ºE esta
com a Sofia na portaria.
Essa história curta
que ouvi agora, pela primeira vez, estava se repetindo a cada degrau, Henrique
era do 3ºE e dava a cara a tapa de que ele era o tal cara que estava dando uns
pega na Sofia, a vaca de decote. Ao chegar do lado de fora, vi um monte de
alunos babando e com os olhos arregalado para um casal que se beijava do outro
lado da rua... Aquela bolsa jogada no chão era uma Puma e eu reconheceria ela
em qualquer lugar do mundo, sabe que é só uma metáfora, né? Sem delongas, era o
meu melhor amigo, Henrique, eu o conheço desde os sete ano, quer dizer, não
lembro da época e tal, mas diziam que era desde ali... uma coisa que não
contei, é que, eu sou gay e aquele é o meu melhor amigo, novidade né! O que
realmente deixei de contar e sei lá, pra você não é importante, mas para mim é
o fim do mundo, eu sou super afim dele... e ardia de ciúmes. Eu simplesmente
não aguentei.
Minha casa fica a
poucos minutos dali, eu realmente nem estava me importando com o tempo, nunca
contei a ninguém, a nenhum de meus amigos, que eu sou gay, nem para aquele que
confio demais, por que? Por medo, eu acho. Eu sempre penso que se dissesse, ele
não iria querer ser mais meu amigo... Mas ao vê-lo com a língua enfiada na boca
daquela vaca decotada, eu simplesmente fiquei com raiva... Eu não conseguia
mais. Nada me prendia naquela vida; outra metáfora; Ethan e Henrique eram meus
melhores amigos, eu posso me sustentar sozinho, mas com quem ficaria Ethan? Ele
ainda não tinha idade ou não é capaz... mesmo assim, não era o suficiente para
me segurar. Em meio a raiva, eu senti meu corpo tremer de leve, pensei que
fosse algo de ruim, mas era quase, meu celular, alguém ligava, quem ligava? O
canalha! Eu não posso culpa-lo... Mas eu quero. Eu o atendi.
– Oi, Marcos? Anda
devagar, não consigo te alcançar!
– Onde você está? Eu
perguntei disfarçando
– Uns 10 ou 15 metros
atrás de você!
Eu me virei, ele
riu... Agora vocês sabe por que eu me apaixonei por ele. Ele não era nenhum Zac
Efron, mas era quase... Oh My God, ele era lindo. Eu tentei esconder aquela
raiva, era difícil, porém as aulas de teatro fazia todo sentido. Ele andava
rápido e sua respiração estava ofegante, até parecia que aquela vaca havia
sugado seu pulmão ou toda sua energia... Eu apenas sorri.
– Mano, não me
esperou?
– Pensei que já
estivesse ido. Eu menti
– Você ta louco, um
monte de pessoa estava de frente da escola me vendo com a Sofia. Três anos na
escola e ninguém nunca pegou ela.
Oh, grande vitória...
Eu imaginei somente, é claro – Realmente
não vi.
Por mais que eu tenha
feito aula de teatro, mentir era difícil... Omitir era fácil. Nos conhecemos a
mais de onze anos, ele iria perceber logo que eu estava pra baixo.
– Por que esta
triste?
Corrigindo, ele
percebeu.
– Eu não estou
triste. Eu menti de novo, muito mal.
– Sei que esta, o que
houve, é o seu pai? Sua resposta não veio
– O que há com você? O que você tem?
Acredite, ele era um
cara legal, mas não desistia. – Eu não sei como dizer... mas, eu não tenho nada
a perder, então direi. Mano, eu sou gay.
A reação dele foi de
surpresa, o sorriso que surgiu em seu rosto era realmente falso, a satisfação
em seu rosto não enganava ninguém... Era como se eu tivesse dito Estou com uma doença viral! Logo você
pegará! Sabe aquelas pessoas que mantém distâncias de mendigo? Era uma
situação semelhante!
– Cara, c-como assim?
Gay? Você curte... homem? Ele ainda tratava a situação como uma bomba atômica
preste a explodir.
– Bom, eu percebi a
um tempo... não contei a ninguém! Até agora.
Na medida em que a
gente andava, a casa dela chegava, quer dizer, ele chegou.
– Cara, torço por
você! Ele deu um aperto de mão desconfiado e logo entrou.
Logo eu também cheguei
em casa. Como de costume eu liguei o PC. Fui logo direto para o meu vicio
diário... O Facebook. Havia algumas notificações, mas nenhuma dizia Alguém te convidou para ser feliz, hoje. Ou
Seu pai tomou juízo e vai trazer mistura hoje.
Nada disso, apenas solicitação de joguinhos chatos, alguém curtiu meu status e
aquele mesmo blá blá blá. Meu bate papo estava incompleto, geralmente quando
chegava em casa, Henrique já estaria online... mas ele não estava, não daquela
vez, foi algo realmente estranho. De repente meu celular vibra, era uma
mensagem... o numero era estranho, não o conhecia. Apenas li a a mensagem.
CONTINUA...
Por: André Luiz